Não foi apenas uma conquista. Foi uma verdadeira epopeia.
A equipe masculina sub-18 do Yara Clube encerrou sua participação no Campeonato Paulista de Basketball 2025 e nos Jogos da Juventude com um feito inédito: o terceiro lugar, o melhor resultado da história do basquete de base de Marília. Mas o que mais impressiona não está só nos números. Está na entrega. No esforço. Na superação.
Foram 12 jogos em praticamente 12 dias. Isso mesmo. Só houve uma pausa: um único dia de descanso para recarregar as energias. E como se não bastasse, neste último domingo, os meninos foram à quadra duas vezes no mesmo dia, primeiro, na disputa do terceiro lugar e, logo em seguida, em mais uma partida decisiva. O cansaço era visível. O corpo já pedia trégua, mas o espírito guerreiro não deixou que ninguém desistisse.
Bastidores que o público não vê contam ainda mais sobre a grandeza desse resultado: a Comissão Técnica não mediu esforços. Foi gelo improvisado para banho de recuperação, suplementação, alimentação controlada, tratamentos emergenciais, medicações, tudo o que fosse possível para manter o grupo em pé. Em uma estrutura limitada, foi a criatividade e o comprometimento que sustentaram a equipe. Eles literalmente fizeram o impossível com o pouco que tinham.
Em quadra, os números comprovam a performance de alto nível:
18 jogos, 12 vitórias e apenas 6 derrotas.
Em casa, o time teve aproveitamento impressionante: 9 jogos, 8 vitórias.
Fora de casa, mesmo enfrentando grandes potências do estado, conquistaram 4 vitórias em 9 partidas, enfrentando times como Corinthians, Palmeiras, Pinheiros, Franca e Mogi das Cruzes.
A campanha foi brilhante:
Vitórias sobre: SL Mandic Limeira, Sorocaba, Mirassol, Santo André, Pindamonhangaba, Campinas, Jundiaí, Paineiras, Jandira, Santana de Parnaíba, Monte Líbano e Tatuí.
Derrotas apenas para: Franca, Mogi das Cruzes, Palmeiras, São José dos Campos, Corinthians e Pinheiros — equipes com estruturas muito superiores.
Fica o reconhecimento não só pelo resultado em si, mas pela trajetória cheia de obstáculos que foi enfrentada com coragem, resiliência e amor ao esporte. Esses meninos, junto da Comissão Técnica, mostraram que há algo muito maior do que medalhas: a construção de um legado esportivo para Marília.
Que esse terceiro lugar, conquistado com tanto suor, inspire a cidade, os gestores públicos e as futuras gerações.
Porque para quem viu de perto essa jornada, uma coisa é certa: foi uma vitória em todos os sentidos.